.

domingo, 29 de julho de 2012

Filmes 2012: Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge

Depois de um filme impactante como Batman – The Dark Knight que elevou os filmes da série Batman à categoria dos grandes clássicos e rendeu um Oscar póstumo ao Coringa Heath Ledger, a espera por “O Cavaleiro das Trevas Ressurge” alternou sentimentos aparentemente contraditórios nos fãs e cinéfilos como a ansiedade por um desfecho à altura do filme anterior e a preocupação com a possibilidade real de decepção com a parte final da trilogia. Notícias sobre o filme foram surgindo na internet enquanto o diretor Christopher Nolan mergulhava no mundo dos sonhos dentro dos sonhos e manipulava o tempo mostrando a importância de um segundo dentro de um filme em “A Origem”.





Nolan simplesmente transformou uma franquia desacreditada pelo tom pastelão apresentado em péssimos filmes como Batman & Robin em uma grande aventura épica. Reescreveu a história do Batman focando a trama nos aspectos psicológicos apresentados pelo personalidade dual de Bruce Wayne e Batman, na transformação de um menino órfão e inseguro em um homem criado por um sentimento de vingança que se tornou um grande herói.


 

Essa transformação, vista em “Batman Begins” é o grande elemento diferenciador de “Batman: O Cavaleiro das Trevas” e “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge”, a importância das dores, das decepções e das encruzilhadas da vida colocadas num grande barril de pólvora constroem o Batman que ressurge num filme verdadeiramente grandioso.  



“Batman – o Cavaleiro das Trevas Ressurge” é um filme que extrai o melhor dos dois filmes anteriores, a humanização do herói, a construção de um roteiro de ação que prende o espectador durante quase três horas que voam como os morcegos e deixam uma ponta de nostalgia ao saber que o encontro de Nolan e Bale com o homem morcego termina, ainda que de forma grandiosa.


Quanto à comparação com o filme anterior, aqui também vemos um poderoso vilão que exala maldade pelos poros, responsável por impor à Nova York à la Blade Runner, Gotham City, um caos maior até do que o causado pelo Coringa de Ledger, e somos brindados com uma ótima atuação de Anne Hathaway como a mulher-gato, o que permitiria alcançar o carisma louco do Coringa, mas a importância dada à construção psicológica do próprio Batman permite considerar o desfecho da trilogia o melhor filme de quadrinhos já feito pelo Cinema.



Nolan mostra mais uma vez que é capaz de dirigir verdadeiras obras primas, razão pela qual sua criatividade não pode ficar adstrita a uma série, ainda que essa série seja o maior clássico dos quadrinhos e seja aplaudida nos cinemas ao fim da sessão. Vá ao cinema assistir e presenciar a história do Cinema sendo escrita.



Não sei se toda lenda tem seu fim, mas toda a história tem... ainda que se escreva a História com a estória.



Nenhum comentário:

Postar um comentário