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sábado, 28 de janeiro de 2012

Oscar 2012: O Homem que Mudou o Jogo




Vendo uma piadinha no facebook que brincava com Mussum e Matrix, lembrei da história de Zacarias. No programa Trapalhões posterior à sua morte, Dedé Santana começou a fazer um discurso para anunciar o seu substituto, para finalizar apresentando "ninguem" pois Zacarias era insubstituível.

Num filme que originariamente se chama "Moneyball" Brad Pitt poderia ser confundido com "the man who sold the world" de David Bowie, pela facilidade com que substituía seus jogadores sem que esses soubessem dessas negociações de bastidores criando uma nova lógica, a do ordinariamente substituível.
Mas o filme não trata disso, trata da busca da redenção por um homem que mesmo dentro de uma indústria pré-constituída que acabou com seus sonhos, consegue se colocar como um observador externo dessa indústria a ponto de subverter sua lógica.

A conversa com o economista e fiel escudeiro Peter no começo do filme lembra a clássica cena de "Uma mente brilhante" em que Nash idealiza a "teoria dos jogos" bêbado, num bar, pois esclarece o que se coloca por trás da irrazoabilidade do mundo do esporte e insere a idéia central do filme aos olhos do espectador, que mais importante do que buscar respostas para perguntas já postas é procurar entender o porquê dessas perguntas.

O filme caminha no ritmo da respiração de Brad Pitt, acompanhando sua esperança, raiva, desilusão, euforia, como a sinfonia que rege a plasticidade do esporte, as paixões e o romantismo que movem o coração do torcedor.

Esse romantismo é por vezes negado e por vezes lembrado pelo homem que buscou enxergar seu mundo de uma outra forma, e construiu uma história que rendeu mais do que um ótimo filme de esporte, um filme sobre a busca pelo sentido das coisas que infelizmente parece não ter muitas chances no quesito melhor filme ou ator, mas pode abocanhar uma merecida estatueta pelo roteiro adaptado. Belo filme, ainda em pré-estréia, com estréia programada para a próxima semana.


Destaque para a atuação de Jonah Hill, o gordinho de óculos de "Superbad - é hoje" em atuação que lhe rendeu uma merecida indicação a ator coadjuvante como o parceiro de Brad Pitt.

Comentários de FREDERICO POLES BORGONOVI

Veja o trailer do filme:



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